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Greve dos garis é suspensa por conta das fortes chuvas no Rio

A pausa da greve deve durar três dias

O anúncio foi feito na madrugada desta sexta-feira (1º) pelo presidente do Sindicato que defende a categoria.
O anúncio foi feito na madrugada desta sexta-feira (1º) pelo presidente do Sindicato que defende a categoria. |  Foto: Karina Cruz
 

A greve dos garis está suspensa até a zero hora da próxima segunda-feira (4), por conta das fortes chuvas que atingem a cidade do Rio. O anúncio foi feito na madrugada desta sexta-feira (1º) pelo presidente do Sindicato que defende a categoria.

Por áudio, Manoel Meireles, comandante do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Rio, pede para que os garis atuem nas ruas, no decorrer dos próximos dias, recolhendo o lixo acumulado e em outras tarefas. 

A medida serve para socorrer a população que sofre por conta das fortes chuvas que caem sobre a cidade. De acordo com o Sistema Alerta Rio, a passagem de uma frente fria mantém o tempo instável na capital nesta sexta (1º). 

“Atenção, companheiros da Comlurb! Vamos suspender a greve até segunda-feira, a zero hora, por causa do temporal que cai aqui na cidade do Rio de Janeiro. Em homenagem a população, nós vamos estender a nossa greve até segunda-feira, a zero hora”, diz o áudio enviado por Manoel aos trabalhadores.

O dia terá predomínio de céu encoberto e há previsão de chuva moderada a forte de forma isolada nos períodos da manhã e tarde e moderada no período da noite. Os ventos apresentarão intensidade moderada (entre 18,5 km/h e 51,9 km/h) e as temperaturas estarão em declínio acentuado, com máxima de 24°C, diz o Sistema Alerta Rio.

A greve

Os trabalhadores presentes à assembleia desta quinta-feira (31) decidiram recusar a proposta construída no TRT. Com isso, a greve continua.

A exceção de três dias ocorre exclusivamente por conta das chuvas.

O Sindicato apresentou a proposta, que garantia cerca de 10% de reajuste salarial este ano, 3% no tíquete alimentação, conclusão do PCCS (retroativo a janeiro de 2022), adicional de 20% de Insalubridade para as APAs (retroativo a janeiro de 2022), e pagamento anual de PLR. Além disso, não haveria desconto dos dias de greve, que seriam compensados.

O Sindicato entendia que o momento era de garantir essas conquistas e suspender a greve. No entanto, os presentes na assembleia decidiram recusar o que já tinham conseguido e prosseguir com a paralisação.

A posição do Tribunal, com a proposta recusada, é levar às reivindicações a dissídio na Justiça.

O Sindicato diz que seguirá a decisão da assembleia, dando todo o suporte ao movimento.

“Os trabalhadores precisam entender a importância de sua presença na assembleia. Quem se omite, deixa que a decisão seja tomada por outros”, lembrou o presidente do Sindicato, Manoel Meireles.

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